O marco temporal no poder judiciário impactos sobre a territorialidade Laklãnõ/Xokleng
Título principal
O marco temporal no poder judiciário [recurso eletrônico] : impactos sobre a territorialidade Laklãnõ/Xokleng / Daiane Letícia Colombi ; orientador, Juliana Salles Machado
Data de publicação
2024
Descrição física
149 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
O marco temporal no poder judiciário [recurso eletrônico] : impactos sobre a territorialidade Laklãnõ/Xokleng / Daiane Letícia Colombi ; orientador, Juliana Salles Machado
Data de publicação
2024
Descrição física
149 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
Nas últimas décadas, os povos indígenas têm enfrentado um cenário de grande retrocesso, marcado pela paralisação das demarcações de suas terras, sobretudo entre os anos de 2016 a 2022. Agravando essa situação, uma tese jurídica conhecida como Marco Temporal, tem colocado em xeque o reconhecimento dos territórios de ocupação tradicional indígena, ameaçando o direito ancestral à terra garantido pela Constituição Federal. Este tema foi amplamente discutido no julgamento do Recurso Extraordinário, com Repercussão Geral (RE/RG) 1.017.365, em que o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu uma disputa possessória envolvendo uma área sobreposta na Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ. Por meio de um levantamento bibliográfico e análise de documentos importantes, como o Laudo antropológico de identificação e delimitação da terra de ocupação tradicional Xokleng e o RE 1.017.365 interposto pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o estudo tem como objetivo principal uma análise aprofundada dos impactos do Marco Temporal na territorialidade dos Laklãnõ/Xokleng. A pesquisa também reflete como esta tese jurídica tem afetado os direitos territoriais dos povos indígenas e examina as noções de Terra, Território e Territorialidade à luz das discussões antropológicas, políticas e jurídicas. Ancorada na concepção de João Pacheco de Oliveira sobre as formas de territorialização, a dissertação adota uma abordagem crítica, analisando os processos jurídicos e os aparelhos de poder envolvidos, como a Funai, o STF e o poder legislativo brasileiro.