A experiência de autonomia na perspectiva de adolescentes de um CAPSij da Serra Gaúcha
Título principal
A experiência de autonomia na perspectiva de adolescentes de um CAPSij da Serra Gaúcha [recurso eletrônico] / Monique Scapinello ; orientadora, Magda de Canto Zurba
Data de publicação
2024
Descrição física
107 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Mestrado Profissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
A experiência de autonomia na perspectiva de adolescentes de um CAPSij da Serra Gaúcha [recurso eletrônico] / Monique Scapinello ; orientadora, Magda de Canto Zurba
Data de publicação
2024
Descrição física
107 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Mestrado Profissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
Esta pesquisa tem por objetivo compreender a autonomia a partir da experiência de adolescentes que frequentam um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSij) em uma cidade da serra gaúcha. Este trabalho utilizou a perspectiva epistemológica de Jan Hendrik Van den Berg (1981), na qual a experiência do sujeito se revela em suas relações consigo, com as pessoas, com os objetos/com o mundo e com o tempo. Compreendemos a autonomia a partir de conceitos fundamentais para o trabalho sob a perspectiva da Atenção Psicossocial, como o poder contratual, a coconstrução, a cooperação e as redes de relações estabelecidas pelos sujeitos. Esta é uma pesquisa qualitativa exploratória, que utilizou ferramentas da atitude fenomenológica em sua metodologia. Foram entrevistados vinte adolescentes em tratamento no CAPSij, os quais apresentaram demandas relacionadas à autonomia nos últimos dois anos. Como resultado, evidenciamos o predomínio da ideia que a autonomia é sinônimo de autossuficiência ou de independência, a qual está relacionada à maioridade (completar 18 anos de idade). Percebemos, também, fragilidade na importância das redes de relações na construção da autonomia e dificuldade dos adolescentes em algumas áreas da vida cotidiana, como tomada de decisão, resolução de conflitos e circulação pela cidade. Sobre o tratamento no CAPSij, o público pesquisado demonstra entendimento acerca do impacto em sua saúde mental, todavia há lacunas em relação à visão mais ampliada de saúde. O trabalho com adolescentes requer atenção e engajamento entre as diversas políticas públicas. Estabelecimentos como escola e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo surgiram como locais significativos à experiência dos adolescentes, denotando a importância da articulação entre saúde, educação e assistência social. O CAPSij é um dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial potente à problematização e construção gradativa da autonomia tanto com os adolescentes, quanto com seus responsáveis e com o território. No entanto, evidenciamos que as estratégias extra-muro ainda são incipientes, as quais demonstram grande impacto no trabalho direcionado ao tema. Ademais, torna-se relevante o aprimoramento de ações intersetoriais na temática da autonomia, além de outros estudos abrangendo diferentes contextos econômicos, sociais e culturais na interface entre saúde mental, adolescência e autonomia.