Modelagem e simulação numérica da dinâmica de redistribuição de umidade em pó atomizado armazenado em silos para manufatura de revestimentos cerâmicos
Ir para navegação
Ir para pesquisar
Título principal
Modelagem e simulação numérica da dinâmica de redistribuição de umidade em pó atomizado armazenado em silos para manufatura de revestimentos cerâmicos [recurso eletrônico] / Rossane Mailde Santos ; orientador, Marintho Bastos Quadi ; coorientador, Agenor de Noni Junior
Data de publicação
2024
Descrição física
134 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Tese (doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
Modelagem e simulação numérica da dinâmica de redistribuição de umidade em pó atomizado armazenado em silos para manufatura de revestimentos cerâmicos [recurso eletrônico] / Rossane Mailde Santos ; orientador, Marintho Bastos Quadi ; coorientador, Agenor de Noni Junior
Data de publicação
2024
Descrição física
134 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Tese (doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
A produção de porcelanato exige a formação de um pó atomizado homogêneo, essencial para evitar defeitos de fabricação nas peças. Um modelo fenomenológico simulou a homogeneização de umidade e estabilização de temperatura do pó armazenado em silo industrial. O método de sorção dinâmica de vapor mediu os pontos de equilíbrio entre a fase sólida e a água a 20 °C, 40 °C e 50 °C. A simulação de um grânulo de porcelanato submetido às condições da câmara de sorção suplementou os experimentos para determinação de coeficientes de difusão da água no material. O balanço de massa em meio poroso incluiu a adsorção, com a premissa de difusividade variável. A minimização de erros quadráticos entre os resultados experimentais cinéticos e os valores previstos pelo modelo estimou coeficientes de difusão efetivos a temperaturas de 20 °C, 40 °C e 50 °C em um intervalo de atividade de água entre 0,0 e 0,9. Os dados experimentais cinéticos e de equilíbrio a diferentes temperaturas possibilitaram a avaliação de parâmetros energéticos, tais quais a entalpia de adsorção isostérica e energia de ativação Experimentos realizados em um protótipo de escala 1:12 em relação a um silo industrial com alimentação centralizada determinaram a distribuição granulométrica do pó ao longo do raio. Uma abordagem multiescala retratou o pó de porcelanato armazenado no silo industrial como um meio poroso (intergranular) não uniforme composto de grânulos finos, intermediários e grossos (intragranular), distribuídos no raio segundo uma função matemática representativa do estado segregado. O balanço de massa intragranular considerou as diferentes condições iniciais de umidade para cada tamanho de grânulo. Os fluxos intragranulares de entrada e saída de água repercutiram no balanço de massa intergranular. O método de elementos finitos solucionou numericamente as equações intra- e intergranulares acopladas à equação de transferência de calor. Dados operacionais de um silo industrial validaram o modelo. O modelo de Guggenheim-Anderson-de Boer representou satisfatoriamente a isoterma de tipo II revelada experimentalmente. Os modelos de Henderson, Chung-Pfost e as versões modificadas também se ajustaram bem aos dados experimentais. O modelo de transferência de massa com resistência externa para um único grânulo estimou coeficientes de difusão efetivos médios de 4,73 × 10-8 m2∙s-1 a 8,37 × 10-7 m2∙s-1 com energia de ativação média de (59,2 ± 3,82) kJ∙mol-1. O modelo com coeficiente de difusão variável ajustou melhor os dados cinéticos da câmara de sorção de vapor. Na simulação do silo industrial, a diferença no teor de umidade entre grânulos grossos e finos reduziu de 3,19% para 1,62% e 0,88% a tempos de armazenamento de 24h e 48h, respectivamente. As estimativas da temperatura de saída concordaram com as medições (erro máximo de 17%). Gradientes térmicos mais elevados evidenciaram o efeito de resfriamento à medida que o teor de umidade aumentou em todos os grânulos na parede, observado como água condensada no sistema real. O modelo multiescala viabilizou a simulação da redistribuição de umidade em pó atomizado de porcelanato armazenado em silos. O controle de temperatura para redução dos gradientes térmicos pode melhorar a homogeneização de umidade do pó.