Estudo dos mecanismos de tolerância do mosquito Aedes aegypti infectado com o Dengue vírus
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Título principal
Estudo dos mecanismos de tolerância do mosquito Aedes aegypti infectado com o Dengue vírus [recurso eletrônico] / Mariana Maraschin da Rocha ; orientador, José Henrique Maia Campos de Oliveira ; coorientador, Daniel Santos Mansur
Data de publicação
2024
Descrição física
73 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Tese (doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
Estudo dos mecanismos de tolerância do mosquito Aedes aegypti infectado com o Dengue vírus [recurso eletrônico] / Mariana Maraschin da Rocha ; orientador, José Henrique Maia Campos de Oliveira ; coorientador, Daniel Santos Mansur
Data de publicação
2024
Descrição física
73 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Tese (doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
O mosquito Aedes aegypti consome grande quantidade de sangue como fonte de nutrientes para a produção de seus ovos e ao mesmo tempo se infecta com arbovírus de relevância médica. Essa dieta representa um desafio metabólico/oxidativo e imune para o mosquito. Como adaptação a esse desafio, os mosquitos desenvolveram mecanismos de resposta ao estresse que atuam protegendo o inseto de possíveis danos teciduais, garantindo sua homeostase. O Aedes aegypti é o principal vetor do vírus dengue (DENV) e sua capacidade de transmitir o vírus está diretamente relacionada à tolerância a esse vírus. A compreensão molecular da relação entre mosquito vetor e os arbovírus – por ele transmitido – é essencial para entender sua competência vetorial, e assim desenvolver estratégias para bloquear a transmissão de arboviroses. Nossa hipótese é que os mecanismos de proteção antioxidante disparados pela alimentação com sangue no mosquito Aedes aegypti promovem tolerância durante a infecção por dengue. Desafiamos os mosquitos com duas cepas de DENV4; a cepa TVP/360, derivada direta de uma cepa isolada na República Dominicana em 1981, e a cepa LRV 13/422, isolada no sul do Brasil em 2013 e avaliamos o fitness/adaptabilidade dos mosquitos a partir de curvas de sobrevivência. Nossos resultados demonstraram que as infecções DENV não impactaram negativamente o tempo de vida dos mosquitos. A intensidade da infecção para a cepa TVP/360 apresentou prevalência de 89,28% no 21 dia pós infecção (dpi). Para os mosquitos infectados com a cepa LRV 13/422 foi observada prevalência de infecção de 33,33% no 21 dpi. Em seguida, avaliamos o perfil de expressão de genes antioxidantes e de resposta ao estresse celular durante a alimentação sanguínea. Os mosquitos foram infectados com a cepa TVP/360 e a expressão dos genes foi avaliada 24hpi, 4 e 7dpi, no intestino e carcaça. O gene da Glutamina Sintetase 1 (GS1) (AAEL001887), essencial na detoxificação do excesso de grupamentos amino derivados da dieta rica em proteínas, apresentou expressivo aumento no RNAm no epitélio do intestino do mosquito 24 horas após a alimentação,independente da presença do vírus. O RNAm do gene Nrf2 apresentou aumento de 4x, no grupo infectado, 24 hpi. Os genes da GS1 e Nrf2 (AAEL019563) foram selecionados para o silenciamento através da técnica de RNA de interferência (RNAi) em mosquitos infectados com a cepa TVP/360. Não observamos alteração da carga viral no corpo todo do inseto 7 dias após desafio com DENV, sugerindo que o silenciamento desses genes não altera a resistência ao vírus em Aedes aegypti. Experimentos em andamento estão avaliando o impacto na fisiologia dos mosquitos após redução da expressão de GS1 e Nrf2, bem como a indução compensatória de outras vias associadas ao metabolismo de nitrogênio em Aedes aegypti durante a infecção pelo DENV.