Avaliação morfoanatômicas e elaboração e validação de uma escala diagramática para a podridão da uva madura
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Título principal
Avaliação morfoanatômicas e elaboração e validação de uma escala diagramática para a podridão da uva madura [recurso eletrônico] / Marceli Raquel Burin ; orientador, Rubens Onofre Nodari
Data de publicação
2024
Descrição física
28 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
Avaliação morfoanatômicas e elaboração e validação de uma escala diagramática para a podridão da uva madura [recurso eletrônico] / Marceli Raquel Burin ; orientador, Rubens Onofre Nodari
Data de publicação
2024
Descrição física
28 p. : il.
Nota
Disponível somente em versão on-line.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2024.
Inclui referências.
A vitivinicultura nacional possui enorme importância cultural e socioeconômica, envolvendo em sua maioria pequenos produtores rurais, dependentes da produção de uvas, vinhos e do enoturismo. Santa Catarina é um dos maiores estados produtores de una no Brasil, somando uma produção de 56.900 toneladas em 2021. Uma parte da produção do estado, é destinada ao processamento de vinhos finos, a partir de variedades europeias de Vitis vinifera, em razão da maior qualidade enológica. Porém, as variedades europeias são mais suscetíveis a doenças fúngicas, como a podridão da uva madura, do que variedades americanas e asiáticas. A doença é causada por espécies de Colletotrichum spp., favorecida por condições climáticas de calor e umidade, causando murchamento das bagas no estágio fenológico de maturação. Visando diminuir os custos e as perdas de produção além dos riscos causados pelos fungicidas e assegurar maior sanidade e qualidade enológica dos vinhos, as variedades PIWI, resultantes do retrocruzamento de variedades de V. vinifera, com variedades americanas e/ou asiáticas, possuem resistência ao míldio e oídio. Porém, tais variedades não possuem genes de resistência mapeados para a podridão da uva madura. Nesse contexto, o presente projeto tem como objetivo desenvolver e validar uma escala diagramática para avaliação fenotípica de severidade de sintomas da podridão da uva madura e caracterizar morfo-anatomicamente bagas de diferentes variedades de uva, correlacionando com a sensibilidade ao patógeno. Para isso, foi desenvolvida uma escala diagramática para a podridão da uva madura em laboratório com variedades de videira e distintas colorações de baga, inoculadas com o isolado GL_VI_19 (Colletotrichum spp.,). Após dez dias de acompanhamento e fotos diárias da evolução dos sintomas, as imagens foram inseridas no software R (pacote Pliman). A validação da ED foi realizada com base nas notas dadas por avaliadores aleatórios para os sintomas de bagas com e sem o auxílio da ED desenvolvida. Os dados coletados foram utilizados para análise de precisão e acurácia da escala. As variáveis de espessura da epiderme e da camada de cutícula das variedades Bronner, Calardis Blanc, Prior, Regent e Vitis shuttleworthii foram fotografadas em microscopia ótica e eletrônica de varredura e medidas no software Image J e as análises estatísticas entre as variedades, tipos de cortes e anos de avaliação foram realizadas no software R, assim como nas análises de sensibilidade dessas variedades ao isolado de Colletotrichum spp., (GL_VI_19). A escala diagramática (ED) desenvolvida para avaliação fenotípica da podridão da uva madura em badas de Vitis spp., demonstrou eficácia, especialmente em badas de coloração branca, evidenciando maior precisão e acurácia nas análises. Entretanto, ajustes são necessários para melhorar a aplicabilidade do modelo em badas de coloração rosé e tinta. Já as análises de espessura das camadas de cutícula e epiderme, exibiram a espécie cultivada de V. shuttleworthii (PI 4407) com maiores valores de espessura nas duas metodologias de análise, seguidas das variedades Prior, Bronner, Regent e Calardis Blanc, onde Bronner e Prior demonstraram maior suscetibilidade, enquanto Calardis Blanc e PI 4407 exibiram alta resistência. Por fim, os resultados da análise de trilha indicam uma correlação fraca entre severidade da podridão da uva madura e as camadas de epiderme e cutícula, exibindo uma a correlação forte entre severidade e as características genéticas das variedades testadas, sugerindo que os mecanismos genéticos afetam de forma preponderante a resistência à podridão da uva madura. Dessa forma, os dados exibidos neste estudo, são importantes para a seleção e o desenvolvimento de variedades resistentes à podridão de uma uva madura, favorecendo o desenvolvimento de uma viticultura nacional mais sustentável.